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Aborto espontâneo: da alegria à dor…

Quando a gravidez é interrompida, o coração também sente. E tudo bem sentir.


Você não está sozinha nessa. Vamos conversar com carinho?


Você sonhou com esse momento. O positivo no teste de gravidez, os dois tracinhos que mudam tudo. Aquela alegria que transborda, que toma conta do corpo e da alma. O coração bate diferente, e os planos começam a florescer: menino ou menina? Chá revelação? Nome, quartinho, roupinhas… tudo parece finalmente se encaixar.


Está tudo bem em se empolgar, em sonhar alto, em contar para todo mundo, mesmo nos primeiros dias. Não existe jeito “certo” de viver esse início e o seu jeito, com suas emoções, expectativas e amor.


Contudo, o que muitas vezes ninguém fala… é que, infelizmente, a realidade pode mudar de um dia pro outro.


No primeiro trimestre de gestação, o risco de aborto espontâneo é mais comum do que imaginamos. E quando isso acontece, parece que ficamos sem chão. A dor é silenciosa, solitária, confusa como se uma parte sua tivesse ido embora antes mesmo de chegar. Talvez você esteja passando por isso agora. Talvez conheça alguém. Seja como for, deixa eu te dizer com todo carinho: Você não tem culpa. Você não está sozinha. Você não falhou.

Segundo a revista The Lancet, cerca de 44 abortos espontâneos acontecem por minuto no mundo. Em várias fases da gestação. É comum, sim, mas isso não diminui sua dor.

A verdade é que ninguém ensina a lidar com esse tipo de perda. Vêm os pensamentos pesados, o medo de nunca mais conseguir engravidar, o sentimento de impotência. Mas isso não define você, nem seu corpo, nem sua história.


Se for necessário, o seu corpo pode passar por procedimentos como curetagem ou aspiração intrauterina (AMIU) para eliminar resíduos. Após isso, é importante respeitar o tempo de cura física e emocional. O recomendado é esperar pelo menos três meses antes de tentar novamente, entretanto o mais importante é escutar o seu tempo interno.


Aborto espontâneo não significa infertilidade. Também não significa que a próxima gestação terá o mesmo fim. Cada corpo é único, cada história é diferente. E sim, existe tratamento para casos de aborto de repetição. Buscar um profissional de confiança pode ser um recomeço cheio de esperança.


É possível reduzir riscos?


Em parte, sim. Antes de engravidar, cuide da sua saúde física e emocional, mantenha os exames em dia, alimente-se bem e verifique se sua carteira de vacinação está atualizada.


E quando a dor vier — porque ela vem — permita-se sentir. Chore, fale, escreva, compartilhe. Você não precisa esconder a tristeza só porque um dia mostrou a alegria. Ambas fazem parte dessa jornada. E dividir esse luto pode tornar tudo mais leve, menos sufocante.


Se esse texto tocou o seu coração, compartilhe com uma amiga que está passando por esse momento em silêncio. Vamos juntas romper essa barreira do não-dito.


Aqui, no @omundomaeoficial, você encontra acolhimento, informação, escuta e empatia. Continue acompanhando o nosso blog — e lembre-se: existe vida após a perda, e o seu amor continua existindo, mesmo quando o sonho ainda não chegou nos seus braços.


Com todo o nosso carinho e respeito, da nossa rede para o seu coração.



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